segunda-feira, 27 de junho de 2011

1ª lição:O Projeto Original do reino de Deus



     Amado irmão, Deus nos concede mas um trimestre de ensinamento da Santa Palavra de Deus na maior "Escola Bíblica do mundo". Estaremos estudando a respeito da Missão Integral da Igreja. Na oportunidade de aprendermos sobre a igreja no contexto do Reino de Deus. Na lição de hoje mostraremos algumas das diversas interpretações do Reino de Deus e sua fundamentação bíblica no Antigo e Novo Testamento. Esse é um tema importante a ser estudado, considerando que o Reino de Deus constituiu-se na mensagem central de Jesus (Mc. 1.14,15; Mt. 4.23; Lc. 4.21). Uma ótima aula e proveitoso trimestre.


O1. REINO DE DEUS: INTERPRETAÇÕES
Ao longo da história do pensamento teológico surgiram diversas interpretações em relação ao conceito de Reino de Deus. De Agostinho até o período da Reforma Protestante predominou a interpretação de que o Reino de Deus estava circunscrito à Igreja. Depois desse período, a concepção de Reino passou a ser ampliada. Os estudiosos da Bíblia depois da Reforma assumiram que a Igreja constitui o povo do Reino, mas não pode ser identificada com o Reino. Na perspectiva liberal, Adolf Harnack defendia que o Reino de Deus é totalmente apocalíptico, algo que está sempre porvir. Enquanto outros, de tendência mais existencialista, enfatizaram o Reino de Deus como algo meramente experiencial, isto é, uma identificação religiosa do indivíduo com o Reino. Um dos defensores desse ponto de vista foi Rudolf Bultmann, considerando que o verdadeiro significado do Reino deveria ser compreendido em termos de proximidade e exigência de Deus. Johannes Weiss associa o Reino de Deus com os apocalipses judaicos. Para ele, o Reino somente se dará no futuro, quando Jesus reinar sobre a terra. Esse pensamento também foi assumido por Albert Schweitzer que a interpretou em termos escatológicos. Para C. H. Dodd, o Reino de Deus é descrito em linguagem apocalíptica, mas que adentrou a história através da missão de Jesus. Em Cristo tudo o que havia sido profetizado se concretizou na história, assumindo uma “escatologia realizada”. W. G. Kümmel entendeu que o significado primário do Reino de Deus é eschaton - a nova era, análoga à do apocalipse judaico. Contrário ao pensamento da “escatologia realizada” de Dodd, Joaquim Jeremias propôs uma “escatologia em processo de realização”. Para ele, a mensagem de Jesus a respeito do Reino de Deus e seus milagres irromperam na história, mas é preciso aguardar a manifestação plena desse Reino. A tendência bíblico-teológica comumente assumida nesses últimos tempos, inclusive pelas alas dispensacionalistas, é a de que o Reino de Deus (e dos Céus) é algo em processo, uma tensão entre presente “o já” e o futuro, o “ainda não” (I Jo. 3.2).


2. O REINO DE DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
Ainda que a expressão “Reino de Deus” não ocorra no Antigo Testamento, ela é pressuposta em toda a mensagem profética. O Antigo Testamento está repleto de alusões à soberania real de Deus, existem várias referências que o caracterizam como Rei de Israel (Ex. 15.19; Nm. 23.21; Dt. 33.5; Is. 43.15) e de toda a terra (II Rs. 19.15; Is. 6.5; Jr. 46.18; Sl. 29.10; 99.1-4). Algumas referências apontam para o dia em que Ele governará sobre o povo (Is. 24.23; 33.22; 52.7; Sf. 3.15; Zc. 14.9). De tais passagens concluímos que Deus é “já” Rei, mais chegará o momento em que Ele finalmente “se tornará” Rei, ou melhor, manifestará a Sua glória real ao mundo. A linguagem profética aponta para uma revelação plena de Deus na história, quando o projeto original de Deus, em relação ao Seu Reino, será concretizado completamente. O Reino de Deus é uma esperança, pois o Senhor, no final dos tempos, manifestará Sua soberania sobre todas as nações. Na literatura rabínica, o conceito de Reino de Deus também tem uma conotação apocalíptica, enfatizando a esperança pela sua concretização plena. Nos livros apócrifos de Enoque e Salmos de Salomão a ênfase é posta exclusivamente no futuro, distanciando-se do sentido de atuação de Deus no presente. Essa tendência judaica tende ao pessimismo em relação ao tempo presente, resultando, às vezes, em escapismo. Os adeptos dessa perspectiva acreditam que resta a este tempo presente somente sofrimento e aflição, a glória somente se revelará no futuro, já que a era presente estaria entregue aos poderes malignos. Esse mesmo pensamento era partilhado pela Comunidade de Qumran, que aguardava a descida dos anjos, que se juntariam aos “filhos da luz” para a luta contra os inimigos, “os filhos das trevas”. Para os Zelotes, líderes judaicos radicais do Primeiro Século, o Reino de Deus deveria ser imediato, resultado de uma intervenção armada.


3. O REINO DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO
O Reino de Deus no Novo Testamento é expresso pelos teólogos a partir da expressão grega “basileia tou theou”. O termo grego basileia (Reino) está relacionado ao hebraico malkuth que aponta para o futuro (eschaton) que tem o sentido de reino, domínio ou governo. Por isso, na oração do Senhor, pedimos ao Pai pela vinda do Reino, isto é, para que a vontade de Deus, Seu governo, seja feito na terra, que o Seu domínio se complete (Mt. 6.10). O Reino de Deus, conforme designado por Jesus para os seus discípulos, é uma “ordem de honra real”, isso porque onde estiver o Rei, ali estará o Reino (Lc. 22.29). O Reino de Deus, nas palavras do Senhor, é prioritariamente eschaton - futuro, mas também presente (Lc. 17.21). Para a Igreja Jesus já é o Rei, mas Ele precisa tornar-se Rei, essa é a temática do Novo Testamento (Fp. 2.10). A vinda plena do Reino de Deus consumará o fim da era presente e inaugurará a Era Vindoura. O final da Era Presente resultará no julgamento do Diabo (Mt. 25.41), a formação de uma sociedade redimida (Mt. 13.36-43) e a comunhão perfeita em Deus (Lc. 13.28,29). Isso poderia ter acontecido no tempo em que Jesus veio a terra, mas os judeus O rejeitaram, por isso, foi tomado pelos outros (Mt. 8.12), por conseguinte, os súditos do reino de Jesus são aqueles que aceitam a Sua palavra (Mt. 13.38). Para esses, o Reino de Deus é uma realidade presente, pois “é chegado a vós” (Mt. 12.28). Satanás continua ativo, ele subjuga os indivíduos, distanciando-os do Reino (Mt. 13.19). A vitória do Reino de Deus é espiritual, quando essa se completar acontecerá o triunfo final de Deus sobre o Inimigo (I Co. 15.25). Os fariseus quiseram saber de Deus quando o Reino haveria de se manifestar, o Senhor respondeu-lhes que este já se encontrava entre eles, ainda que não da maneira que eles aguardavam (Lc. 17.20,21).


CONCLUSÃO
O Reino de Deus é recebido dentro do ser humano, isso fica evidenciado em Mc. 10.15. A mensagem de Jesus se diferencia do judaísmo rabínico, pois Ele modificou a linha do tempo. A igreja, nesse contexto, vive entre duas Eras, a Era do Futuro, inaugurada pelo Cristo ressuscitado (Mt. 28.18), mas que foi invadida pelos poderes satânicos (II Co. 4.4; Ef. 6.12). No futuro, quando o Milênio for instaurado (Ap. 20.4-6), a Era Vindoura será iniciada (Ap. 21.2,3). No presente, os súditos do Reino vivem em amor, devoção, prazer, submissão, dever e gratidão (Rm. 5.5; II Co. 9.13; Lc. 18.1; Jn. 2.9). Esses põem o Reino de Deus em primazia (Mt. 6.33), e por causa do Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.6) passam por tribulações (At. 14.22).

Fonte: ebdweb

domingo, 26 de junho de 2011

Pr. Sérgio Bastian prega e Jesus salva na Cruzada em Cajueiro-AL



Cruzada em Cajueiro reúne centenas de pessoas e termina com conversões
Cruzada em Cajueiro reúne centenas de pessoas e termina com conversões
Ao final, quatro pessoas decidiram entregar suas vidas a Jesus
O pastor e missionário Sérgio Bastian (EUA) foi o pregador deste sábado, 25, na Cruzada realizada na cidade de Cajueiro. Com uma mensagem evangelística baseada no livro de Mateus 15. 30, 31, o missionário contou como foi seu encontro com Deus e falou sobre as necessidades espirituais do ser humano. Ao final, quatro pessoas decidiram entregar suas vidas a Jesus como Salvador.
O missionário também orou para Jesus curar enfermidades e para que pessoas fossem batizadas com o Espírito Santo e com fogo. O poder de Deus tomou conta do ambiente que entrou no ‘clima do céu’ com os hinos de louvor a Deus entoados momentos antes da ministração da Palavra.
O cantor Samuel Mariano, da cidade de Barreiros, Pernambuco, e sua banda também adoraram a Deus na Cruzada; grupos locais, o cantor Jaelson de Paripueira e a banda de Música Louvores de Sião, da igreja-sede, em Maceió.
A Cruzada evangelística reuniu dezenas de obreiros e caravanas de várias cidades. Durante o dia, pastores estiveram orando e jejuando em prol do trabalho e de causas ministeriais. Esse trabalho é feito com o apoio do pastor-presidente, José Antonio dos Santos, periodicamente.
Muitos obreiros estiveram participando do evento. Entre eles, o Pr. Donizete Inácio (Viçosa),Pr. Ezequias (Ipioca), Pr. José Carlos (Mar Vermelho), Pr. Arnóbio Tavares ( Rio Largo), Pr. Juvenal (Capela), Pr. José Carlos (Maceió), Pr. Ismael (Maceió), Pr. Walter Pereira (Maceió),Pr. José Oliveira (Maceió),Pr. Jorge, Pr. Ademário (Paulo Jacinto), Pr. Cícero Luis Oliveira (Quebrangulo),Pr. Jairo Teixeira (Matriz do Camaragibe),Pb. Joel (Taquarana), Pr. Josias, Pr. Clóvis, Pr. Jcian (Pindoma), Pr. Valdiran ( Tanque Darca), Pr. José Laelson e outros.
Além das autoridades eclesiásticas, políticos prestigiaram o evento. O secretário municipal de Educação de Cajueiro e o deputado Estadual Jota Cavalcante, que em rápidas palavras expressou sua gratidão a Deus pela oportunidade de contribuir para a realização do evento. O deputado leu o texto do livro de Isaías 45. 2,3. A igreja Assembleia de Deus em Cajueiro é conduzida pelo pastor Josivaldo Gomes.
Fonte:AD Alagoas

Pastores se reúnem em Cajueiro- AL para interceder pela região



Pastores reunidos em Cajueiro
Pastores reunidos em Cajueiro
Encontro com obreiros teve ministração do Pr. Arnóbio e do Pr. Jairo
O sábado (25) foi dia de consagração para pastores das cidades próximas a Cajueiro, interior de Alagoas. Os líderes estiveram orando e jejuando em prol da cruzada Evangelística e de causas ministeriais. O pastor Arnóbio Tavares, AD Rio Largo, e o Pr. Jairo Teixeira, AD Matriz do Camaragibe, ministraram a Palavra no encontro.
O pastor-presidente, José Antonio dos Santos, não compareceu ao jejum que terminou por volta das 16 horas. O pastor está se recuperando de uma pequena cirurgia. Muitos obreiros estiveram participando do dia de oração e da Cruzada à noite. Entre eles, o Pr. Donizete Inácio (Viçosa),Pr. Ezequias (Ipioca), Pr. José Carlos (Mar Vermelho), Pr. Arnóbio Tavares ( Rio Largo), Pr. Juvenal (Capela), Pr. José Carlos (Maceió), Pr. Ismael (Maceió), Pr. Walter Pereira (Maceió),Pr. José Oliveira (Maceió),Pr. Jorge, Pr. Ademário (Paulo Jacinto), Pr. Cícero Luis Oliveira (Quebrangulo),Pr. Jairo Teixeira (Matriz do Camaragibe),Pb. Joel (Taquarana), Pr. Josias, Pr. Clóvis, Pr. Jcian (Pindorama), Pr. Valdiran ( Tanque Darca), Pr. José Laelson e outros.
Fonte. AD Alagoas

sábado, 25 de junho de 2011

A Obra Missionária No Século XXI


Introdução
O crente, seja ele pastor, evangelista, missionário, escritor, ensinador, diácono, ou apenas membro da igreja, se não estiver ocupado, procurando trazer outras pessoas a Cristo, está falhando em seu dever na Obra de Deus.
Em Atos 1. 8 Jesus instruiu seus discípulos a testemunharem aos povos de todas as nações a respeito dEle. Deus tem um trabalho importante para que cada um de nós realizemos para Ele, mas devemos fazê-lo pelo poder do Espírito Santo.
Neste versículo, umas séries de progressões foram descritas. As Boas Novas deveriam ser pregadas em Jerusalém, depois na Judéia, e Samaria, e finalmente no mundo inteiro. O cristianismo começaria com os judeus devotos em Jerusalém e na Judéia, seria anunciado aos judeus mestiços de Samaria, e depois, aos gentios nos lugares mais remotos da terra.
Podemos considerar que as Boas Novas de Deus não terá seu destino final se alguém em sua família, seu local de trabalho, sua escola ou em sua comunidade ainda não ouviu falar a respeito de Jesus Cristo. Certifique-se de que você está contribuindo de alguma maneira com a propagação da mensagem do amor de Deus.
Jesus prometeu aos discípulos que receberia poder para testemunhar depois de receberem o Espírito Santo. Note a progressão:
1. Eles receberiam o Espírito Santo;
2. que lhes dariam poder;
3. então testemunhariam e alcançariam resultado extraordinários. Freqüentemente tentamos inverter a ordem e testemunhar por nosso próprio poder e nossa autoridade. O testemunho não é a exibição do que podemos fazer por Deus. É a prova e o testemunho do que Deus fez por nós.


I. O Clamor do Mundo
“O povo que estava em trevas viu uma grande luz; e os que estavam assentados na região e a sombra da morte a luz raiou” (Mateus 4. 16).

O problema que o mundo enfrenta é de ordem espiritual, e só podem ser solucionado através do Evangelho de Cristo.
O quadro social da Galiléia pode servir como amostra da humanidade sem Cristo. Além da mensagem de salvação, Jesus trazia conforto aos sofredores, e lenitivo para a alma. Ele se compadecia das multidões, pois eram como ovelhas que não tem pastor. Hoje as necessidades humanas são as mesmas daquele tempo, e a igreja tem a solução para os problemas do nosso povo: Jesus!
Um casal de missionários recém chegado para trabalhar na Índia estavam à beira do rio Ganges - rio que corta quase todo país indiano. O casal orava e observava atentamente as pessoas que ali faziam suas preces, que se banhavam nas águas sujas do rio, depositavam os cadáveres de seus entes queridos seguindo as leis do Hinduísmo e a multidão de turistas que ali estava para fotografar e receber uma bênção especial do rio mais sagrado, misterioso e adorado da Ásia.
De repente, uma cena estranha e bizarra lhes roubou a atenção. Uma mulher que descia em direção ao rio, com passos firmes e rápidos, segurava em seus braços uma criança imóvel e indefesa. Aquela mulher ao aproximar-se da margem do rio, desenrolou a criança que estava se mexendo lentamente e a lançou com toda força nas correntezas do Ganges. Tudo foi muito rápido, estranho e inesperado.
As águas barrentas do rio engoliram ferozmente a pobre criança indefesa, que não teve nem tempo de dar o último suspiro. Como será a reação de alguém que está se afogando em águas fundas e escuras de um rio? E como se sente uma criança de colo que se afoga sem ter o direito de chorar?
Após essa ação trágica e triste, a jovem mulher prostrou-se diante das águas e começou a fazer alguns rituais e súplicas. Coisas estranhas aos olhos de um cristão, que não está acostumado a ver tais práticas.
O casal de missionários, perplexo, resolveu se aproximar da jovem mulher para abordá-la, fazer-lhe algumas perguntas e, quem sabe, ajudá-la a mudar de vida:
- Quem era aquela criança? - Perguntou o casal.
- Era meu filho - Respondeu firmemente a jovem mulher.
- Você o amava?
- Claro que sim, eu o amava muito. Era meu único filho.
- Então, por que você o jogou no rio para que ele morresse?
- Porque o deus que eu sirvo me pediu como sacrifício vivo. Apenas o obedeci!
Naquele instante, diante de tal resposta, o casal movido de muita compaixão e amor por aquela mulher que estava cega pela religião hindu, começou a falar-lhe sobre o amor de Deus por nós e o sacrifício que já foi feito por Jesus na cruz, para que não precisássemos mais fazer esse tipo oferenda viva. Eles gastaram algumas horas conversando e orando por aquela jovem senhora. Ela entendeu o plano de salvação e com o coração quebrantado e arrependido, entregou a sua vida para Jesus. Decidiu abandonar aquela religião maldita.
Depois que entendeu o erro que havia cometido ao lançar o único filho ao rio, a mulher com os olhos cheios de lágrimas e soluços, fitou o casal de missionários e exclamou em alta voz:
- Se vocês tivessem vindo a algumas horas antes, para me falar sobre Jesus e o amor de Deus, o meu filho não estaria morto. Eu ainda o teria comigo em meus braços!!!
O que você faria se fosse um dos missionários que presenciou aquela cena inusitada? Qual seria a sua resposta à aquela jovem e triste mãe? De quem é a culpa, quando tanta gente morre sem conhecer a Cristo?
Cenas como essa estão se repetindo diariamente no mundo. Pessoas que vivem debaixo do jugo do diabo e clamam pelo evangelho. Pessoas que precisam apenas de alguém que vá até elas para lhes falar do amor de Deus. Pessoas que não sabem para onde ir, que necessitam de ajuda espiritual e ser alcançadas pela graça de Deus através da sua igreja.
Quando pensamos em missões, pesa sobre nós uma grande responsabilidade e privilégio de sermos co-participantes com Cristo na ação redentora da humanidade. Privilégio tal, que nem os anjos poderiam desfrutar, pois foi conferido apenas aos embaixadores de Cristo na terra. Você e eu!
Hoje, fala-se muito sobre missões no Brasil. Usamos até jargões que dizem: "missões está no coração de Deus", ou, "Deus tinha um único Filho e fez dEle um missionário", quem sabe esse outro que diz: "pede-me e te darei as nações por herança", ou ainda, o versículo mais usado nas conferências missionárias, que nos exorta dizendo:

"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Atos 1: 8.

A primeira parte do versículo é fácil de ser explanada. Quem não gostaria de ser cheio do Espírito Santo? Quem não gosta de poder? Mas, espere um pouco antes de você almejar ser cheio do Espírito. O restante do versículo é banhado de compromisso e muita responsabilidade. Será que estamos dispostos a obedecer ao chamado de Jesus? Transmitir esse poder como testemunhas vivas, aos que ainda não o conhecem?
Alguns até obedecem e focalizam apenas Jerusalém. Outros vão até a Judéia e Samaria. Mas quem se arrisca ir até os confins da terra?
A verdade é que, omitimo-nos quando temos que assumir a responsabilidade de orar, alcançar as nações, ou enviar um missionário a um povo (nos confins da terra) que está distante do nosso arraial. É mais cômodo trabalhar num lugar onde vemos os resultados imediatos; que poderão ser trazidos para nossa igreja. Até deturpamos a Palavra de Jesus dizendo que devemos alcançar primeiramente a nossa Jerusalém (cidade onde moramos), depois ir para Samaria, até chegar nos confins. Se você observar nas entrelinhas do versículo acima proferido por Jesus, notará que o Senhor não nos ensinou assim e a palavra não pode ser traduzida pela metade, o chamado é integral. Ele disse que a nossa responsabilidade de alcançar Jerusalém é a mesma que temos para atingir os confins da terra. Por isso ele usou os termos “ tanto - como”. Que quer dizer que o trabalho deve ser desenvolvido simultaneamente. Isto é, tanto no bairro onde eu moro, como nas montanhas geladas do Tibete. Tanto em Contagem, cidade onde moro, como nas aldeias indígenas. Tanto em Minas Gerais, estado onde eu moro, como na Arábia Saudita. Tanto no Brasil, país onde eu moro, como na América, África, Europa, Ásia, Oceania, ou em qualquer outro lugar do mundo onde existem pessoas que precisam ouvir sobre as Boas Novas de Salvação. A responsabilidade é a mesma e esta foi dada a igreja. O trabalho deve ser feito ao mesmo tempo.
A igreja foi chamada para evangelizar, ser luz e sal neste mundo tenebroso. Quando perde ou não vive essa visão, não tem motivo para existir, pois o fim das coisas que fazemos na terra, não deve ser a nossa própria glória mas sim a glória de Deus. Isso só pode ser alcançado quando nos envolvemos na obra de reconciliação da humanidade com Cristo, que veio para salvar o que se havia perdido.
Entendemos, então, que missões é mais do que realizarmos uma conferência missionária uma vez por ano em nossas igrejas. É saber que existe uma grande massa de pessoas que precisa ser evangelizada. Que precisa ser discipulada, e este envolvimento deve ser sempre, o ano inteiro. Missões é se envolver de corpo e alma no maior projeto de vida estabelecido pelo próprio Senhor Jesus Cristo. É ter a consciência que Deus nos chamou para esse projeto tão espetacular e a Sua palavra nos garante esse chamado.

Márcio Andrade

A Obra Missionária No Século XXI (Continuação)



II. A Mensagem de Jonas
Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas” (Mt 12. 41).

Assim como Deus enviou Jonas a Nínive, o Senhor Jesus comissiona a igreja a ir e a proclamar o evangelho até os confins da terra. O cristianismo é a primeira religião proselitista e missionária da história, pois o evangelho não é uma mensagem alternativa, é unica e exclusiva. Jesus afirmou que é uma questão de vida ou morte (Jo 17. 3). No Antigo Testamento, missões era ainda um projeto não colocado em prática. O profeta Jonas, como missionário, era uma figura de Cristo. O Novo Testamento tornou explícito o que dantes estava implícito no Antigo.


Depois que o grande peixe vomitou o profeta Jonas, Deus novamente o envia a Nínive, dizendo: “Prega contra ela a pregação que eu te disse”(Jn 3. 2).Qual foi a mensagem que Deus entregou a Jonas? ”Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3. 4).
Não era uma mensagem de misericórdia, mas uma sentença de condenação. Era o anuncio do juízo de Deus sobre a cidade.


O Messias, objeto de expectativa dos profetas do Antigo Testamento, é o Cristo do Novo Testamento. O trabalho missionário, iniciado por Jonas, continuou com os apóstolos, cabendo-nos a tarefa de expandi-lo até os confins da terra. Hoje somos frutos de missões e devemos fazer missões; há ainda milhões que estão perecendo sem o conhecimento do evangelho.


III. Jesus o Missionário Por Excelência
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3. 16).


O Senhor Jesus é o divisor de águas de nossas vidas e da história universal. Ele é o único cuja história afeta a vida humana. Ninguém pode ficar alheio à sua vida e obra. É o nosso modelo em tudo, a Bíblia diz que em tudo foi perfeito; é nEle que devemos nos inspirar. Ele é o missionário por excelência.


O conceito de “missão” no contexto bíblico Teológico é “enviar” e vem da palavra grega apóstolo. Este vocábulo é usado no Novo Testamento para designar os doze apóstolo: “e escolheu doze deles a quem deu o nome de apóstolos” (Lc 6. 13). É também usado para os enviados como embaixadores ou missionários da igreja (2 Co 8. 23; Fp 2. 25). Já os nossos termos lingüísticos “missão” e “missionário” vem do latim “mito” que quer dizer enviar, mandar.


Jesus é chamado de apóstolo no Novo Testamento grego: “Considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3. 1). Deus enviou seu Filho ao mundo, o Filho enviou seus discípulos aos mundo, o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo para dar poder a igreja em sua missão de buscar os perdidos da terra. A Bíblia diz que Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Tm 1. 15). Essa, portanto, foi a missão na terra do missionário por Excelência.


Não existe argumento convincente para não ser crer em Jesus. Ele continua vivo em glória e majestade e tem todo poder nos céus e na terra. A grandeza do nome de Jesus pode ser vista na Bíblia, na história, nas artes, no testemunho pessoal de seus seguidores. Mesmo sob perseguições, o seu nome atravessou o século e, com a arma do amor, fundou o maior império da história – o único que não será destruído: o Reino de Deus, prometido pelo Senhor a Davi, e cumprido plenamente em Cristo Jesus Nosso Senhor.

Na próxima semana daremos continuidade a este estudo.

Márcio Andrade

A Obra Missionária No Século XXI (Continuação)


IV. Plantando Igrejas Locais.
“Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (1 Co 3. 6).

A Bíblia ensina as estratégias e a técnicas de se plantar igrejas tanto em nosso próprio país, como no campo missionário.
O mesmo princípio para se iniciar congregações em nossos bairros, ou cidades vizinhas, serve para se plantar igrejas locais no campo missionário.

Paulo plantou a semente da mensagem das Boas Novas no coração das pessoas, Paulo foi um missionário pioneiro; trouxe a mensagem da salvação. Apolo regou a semente, ajudou os crentes a crescerem mais forte na fé. Paulo fundou a igreja em Corinto, e Apolo construiu sobre esse alicerce.

Paulo fundou igrejas usando estratégias como em Corinto em uma sinagoga, em seguida, encontrou abrigo na casa de Tito Justo, depois teve o apóio de Crispo, líder da sinagoga, que logo se converteu. Da mesma forma, fundou a igreja de Filipos, na casa de uma empresária de nome Lídia (At 16. 14, 15), e em Éfeso, começando por uma sinagoga, continuou nas casas. Até hoje, a maioria das igrejas nascem nas casas dos crentes. Essa estratégia continua a ser usada em nossos dias.

As pregações nas praças e nas ruas têm dado origem a muitas igrejas locais. Há muitas localidades onde este trabalho não é permitido; em outros lugares, não dá resultado. O apóstolo Paulo usou esta estratégia em Atenas (At 17. 17). Este método foi, no princípio, usado por nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingrem. Em muitos lugares, continua surtindo resultados. O modelo é bíblico, cabe a cada um ter necessário discernimento e aplicá-lo na hora e nas localidades adequadas. As praças de sua cidade pode ser uma terra fértil para semear a semente do evangelho.

Vimos que o apóstolo Paulo se utilizou de inúmeros meios para alcançar as pessoas para Cristo e com elas surgiram às igrejas. Campanhas evangelísticas, evangelismo de casa em casa, centro acadêmicos, ruas e praças e em outros lugares são estratégias usadas para qualquer época da história. Podemos resumir tudo isso nas próprias palavras do apóstolo: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9. 22). Esses são os exemplos que devemos seguir para plantar igrejas, tanto em nosso país como no campo missionário.

V. Povos Não Alcançados
“Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16. 15).

Os povos e grupos ainda não alcançados podem está muito longe de nós, mas muitos deles estão ao nosso redor.

Jesus pediu aos discípulos que contassem ao mundo que Ele pagou o preço pelos pecados de todos, e aqueles que crerem nEle serão perdoados e viverão eternamente com Deus. Atualmente, em todas as partes do mundo, há cristão anunciando as Boas Novas a pessoas que nunca ouviram falar de Jesus. O poder que motiva os missionários a irem a todas as partes do mundo e coloca a igreja de Cristo em movimento é a fé fundamentada na ressurreição de Cristo.

Quando Jesus ordenou que se levasse o evangelho a todas as nações, referia-se também aos grupos étnicos. A palavra grega para “nações” ou “mundo”, usada nesse contexto missiológico, (Mt 24. 14; 28. 19; Lc 24. 47) é “ethnos”, de onde vem a palavra “etnia”. A ordem não diz meramente a países, mas aos diferentes grupos étnicos, que se acham nos países politicamente organizados, e estes estão em torno de 1. 739.

A janela 10 por 40, é a região onde habita 60% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e India. Os dois países juntos representam cerca de 30% da população da terra. Esta região estende-se desde o Oeste da África até o Leste da Ásia, e é comparada a uma janela retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte da linha do Equador. Todas as terras bíblicas encontram-se nessa janela. O Apóstolo Paulo ultrapassou estes limites em suas viagens missionárias (Rm 15. 19).

A janela 10 por 40 é caracterizada com a área do mundo onde vive o maior número de povos não alcançados, predominando os seguidores do Islamismo, Hinduísmo e do Budismo. O Islamismo está atingindo 1 bilhão de adeptos, o Hinduísmo mais de 700 milhões. A janela 10 por 40 é conhecida como o cinturão de resistência; nelas se encontram as fortalezas de Satanás, pois dos 37 dos 50 países menos alcançados do mundo localizam-se nesta região. Nessa área, estão 82% dos mais pobres do planeta. Bilhões de pessoas são vitimas das enfermidades, misérias e calamidades. Como alcançá-las? Seus adeptos estão a nossa volta, mas requer-se dos crentes conhecimentos sólidos das doutrinas vitais do cristianismo. Além disso, é necessário conhecer as crenças das seitas, seus argumentos e saber refutá-las a luz da Bíblia (2 Tm 2. 15; 1 Pe 3. 15). Mesmo assim, o trabalho só terá êxito se for realizado na direção e capacitação do Espírito Santo (Jo 16. 8-11). Ainda são poucos os que se desprendem para tal tarefa. Geralmente são pessoas que vieram dessas seitas que se preocupam com a evangelização dos seus antigos irmãos.

A história da igreja é marcada pelos desafios. Oramos 70 anos para que Deus viesse ruir a Cortina de Ferro ( os países comunistas). E Deus ouviu a nossa oração. Depois de tudo isso perguntamos: “O que estamos fazendo nesses países?” Infelizmente, muito pouco. Restam ainda a China, Coréia do Norte e Cuba. Apesar de o evangelho está sendo pregado nestes países, não deixa de ser mais um desafio para a igreja. A janela 10 por 40 ainda é um dos maiores desafios missionários da igreja na atualidade. Por isso todos os crentes devem orar, contribuir, apoiar e inteirar-se das necessidades dos trabalhos missionários direcionados para esta região do planeta.

Márcio Andrade

A Obra Missionária No Século XXI (Continuação)


VI. Sustento Missionário
Assim também ordenou o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9. 14).

Deus supri as necessidades daqueles que sustentam a obra missionária.
A Bíblia nos ensina, no AT e NT, que aqueles que se dedicam a proclamação do evangelho devem ser sustentados por aqueles que, desse trabalho, recebem bênçãos espirituais “E o que instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gl 6. 6).

Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela igreja. A fonte e origem desses recursos é a própria igreja. Foi Deus quem estabeleceu para que os crentes contribuíssem para que seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do Senhor.

São os crentes que apóiam os missionários com suas contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A igreja ora, intercede por eles, e acompanha seus trabalhos através de relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam os missionários no campo.

Esses responsáveis pelo sustento a pelo apóio espiritual devem entender também que fora de seu convívio a situação é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar travado.

O sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele da esposa e dos filhos. É necessário um estudo sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele. Nem sempre as igrejas têm acesso a essas informações, por isso existem inúmeras agências missionárias interdenominacionais espalhadas no Brasil e em todo mundo, com o propósito de orientar as igrejas.

1. A vida econômica do missionário
Finanças e economia são assuntos frustrantes como fascinantes. As conversa e notícias sobre dinheiro são tão numerosas como os grãos de areia da praia. A Bíblia fala muito sobre dinheiro e coisas afins. No capítulo 23 de Gênesis, vemos Abraão comprando uma propriedade por quatrocentos ciclos de pratas. Embora Paulo tenha dito que: “o dinheiro é a raiz de toda espécie de males”, somos obrigados a usá-lo para sobreviver.

O missionário deve ter em mente que:
- deve dar graças em tudo (1 Ts 5. 18);
- deve agradecer frequentemente seus mantenedores;
- enviar informações acerca dos seus trabalhos regularmente;
- contar sempre vitória, porque os mantenedores ficam satisfeitos em saber que suas contribuições estão dando resultados;
- não gastar mais do que ganha, se isto acontecer corrigir rapidamente ou a carreira missionária terminará em pouco tempo;
- ser dizimista;
- ser prudente; e
- estabelecer um orçamento mensal.


VII. O Árduo Trabalho Missionário
“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Cristo” (1 Ts 2. 9).

Em 1 Tessalonicenses 2. 9 a 12, nós vemos Paulo falando sobre como trabalhou arduamente a fim de prover o sustento para si e seus companheiros, bem como testemunhou de forma marcante acerca desse assunto, de acordo com o que está registrado nos versículos 9, 10.

Naquela época, os inimigos do evangelho espalhavam informações falsas sobre os sustento e despesas de viagens daqueles primeiros missionários. Paulo sabia que aqueles primeiros convertidos poderiam facilmente ser abalados com aquelas falsidades. Por isso, o apóstolo esforçou-se o máximo para desmentir aqueles infundados rumores, mediante seu exemplo de trabalho.

Muitos crentes sofrem espiritualmente em razão de falsas informações recebidas em sua “infância espiritual”. Essa era a preocupação de Paulo: “como o pai a seus filhos” (1 Ts 2. 11). Na igreja local, se o obreiro deseja que os novos convertidos sejam bem formados e bem nutridos da Palavra de Deus, terá de ser mãe e pai espiritual para eles. Ler 2 Ts 3. 7 – 12; 1 Pe 5. 3.


1. “trabalhando noite e dia”

a) Um árduo trabalho missionário.
Paulo e seus companheiros não se deixavam abater pelas dificuldades surgidas. Tiveram que alternar o trabalho secular com o espiritual, para poderem se dedicar ao trabalho evangélico, sem depender dos irmãos.


b) “trabalho e fadiga”
O sentido aqui no original é de trabalho árduo, fatigante. Hoje, os trabalhos da igreja que prosperam são realizados por homens de Deus que cheios do Espírito Santo se esforçam com amor e dedicação ao seu sagrado ministério. Os que ficam parados, sejam por desânimo, por falta de visão, ou de condições ministeriais, são os que vêem a obra de Deus parar e sofrer. Esses são os que fazem os crentes gemerem, esperando uma mudança de situação. Paulo não se preocupava só com as ovelhas crescidas do rebanho, mas demonstrava um zelo especial para com cada um que aceitava a Cristo. Que Deus nos ajude a ter em cada igreja local um trabalho sério de discipulado, a fim de que possamos ver Cristo formado em nossos irmãos, Paulo guiou muitas vidas a Cristo e ajudou-as a amadurecer espiritualmente. Talvez o segredo do seu sucesso ministerial tenha sido sua preocupação com seus filhos espirituais. Ele comparava a dor da infidelidade como a dor do nascimento (Gl 4. 19). Devemos ter esse mesmo intenso cuidado. Ao levar pessoas a Cristo, lembre-se de permanecer ao seu lado para ajudá-las a crescer espiritualmente.

Márcio Andrade

A Obra Missionária No Século XXI (continuação)



VIII. A Obra Missionária e a Ação Social
Bem aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia mal” (Sl 41. 1).
Fé e obras se completam inseparavelmente na vida daqueles que vivem para Jesus.

Atender ao pobre nas suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23. 22; Dt 15. 11; Sl 41. 1; 82. 3; At 11. 28-30; Gl 2. 10). A missão assistencial da igreja no mundo é a continuação da obra iniciada por Jesus. Assim como Jesus jamais se esqueceu dos pobres, a igreja não deve desprezá-los (Lc 4. 18, 19). O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento das pessoas necessitadas. Ver Mt 25. 35-40; Jo 13. 14, 15).

 Ação Social é a ação que busca eliminar as causas das necessidades humanas. Em Dt 15. 10, 11, é uma das referências no AT que fala sobre o nosso dever de ajudar, socorrer os necessitados. Devemos atender o pedinte (Dt 15. 7-10) e ao carente de víveres para sua sobrevivência (Sl 135. 15). A justiça social ordenada por Deus determina que os ricos não desprezem os pobres (Dt 15. 7-11), e que os estrangeiros, as viúvas e os órfãos fossem atendidos em suas necessidades (Êx 22. 22; Dt 10. 18; 14. 29).

No NT nós encontramos referências que falam a respeito do nosso dever de ajudar os necessitados em Mt 26. 11; Gl 2. 10, aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, encarcerados bem como os incapazes de retribuir quaisquer favores recebidos (Lc 15. 13, 14). Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina estava passando por vários problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6. 26). É justamente neste contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva (At 2. 43-46; 6.1; Rm 15. 25-27; 1 Co 16. 1-4; 2 Co 8; 9; Gl 2. 9; Fl 4. 18, 19).

A igreja primitiva cumpria sua missão social (2 Co 8. 3, 4; 9. 13). A igreja não apenas pregava o evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material (Gl 2. 9, 10). Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da igreja:

a) Mutualidade – isto é, ser generosa, recíproca, solidária;
b) Responsabilidade – trata-se de privilégio e não obrigação (2 Co 8. 4; 9. 7);
c) Proporcionalidade–contribuição de acordo com as possibilidades individuais (2 Co 9. 6,7 ).

A missão da igreja inclui não somente a proclamação do evangelho, mas também a assistência aos pobres, a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos pelo Diabo. Agora responda: sua igreja é assim?

Márcio Andrade

Márcio Andrade

sexta-feira, 24 de junho de 2011

PROSPERANDO NO DESERTO


No deserto da crise precisamos seguir a orientação de Deus

A crise é uma encruzilhada, uma bifurcação na rota da vida. Podemos fazer dela uma porta para os horizontes largos do triunfo, ou podemos descer através dela aos vales mais sombrios do fracasso. A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero. A crise eleva alguns e abate outros. A diferença entre o vencedor e o perdedor não esta na crise, mas em como cada um a en­frenta. A grandeza de um homem está no fato de que, quando todos estão colocando o pé na estrada do fracasso, ele vislumbra o chão do progresso. O vencedor é um visionário. Ele vê o que ninguém consegue contemplar. Enxerga por sobre os ombros dos gigantes. Quando todos estão mergulhados no proble­ma, ele está contemplando a solução.

Aquele que triunfa diante das dificulda­des nunca é unanimidade. A unanimidade é burra. Ela sempre capitula diante das crises. Todo o arraial de Israel chorou, desesperado, com medo de lutar contra os gigantes e, tam­bém, de não tomar posse da terra prometida. Somente Josué e Calebe tiveram uma visão otimista. Todo o povo pereceu no deserto; só os dois visionários entraram na terra que manava leite e mel.

Os exércitos de Israel durante quarenta dias, de manhã e à tarde, ouviram as afrontas do gigante Golias e, empapuçados de medo, bateram em retirada covardemente. Davi, como voz solitária, dispôs-se a enfrentar o gi­gante. Mesmo tendo de suportar o escárnio do seu irmão Eliabe e a incredulidade do rei Saul, ele fez o gigante dobrar-se diante da sua coragem, triunfando sobre o herói dos filisteus. Davi derrubou o gigante e o matou. Mais tarde, o mesmo Davi viveu outra situa­ção dramática. Ziclague, sua cidade refúgio, tinha sido saqueada e incendiada pelos amalequitas. Seus bens foram roubados; suas mulheres, seus filhos e suas filhas foram leva­dos cativos. O mesmo aconteceu com os seus seiscentos homens de confiança. Quando Davi e seus homens chegaram e viram a cidade debaixo de escombros e ainda fumegante, os homens se revoltaram contra Davi e quise­ram apedrejá-lo. Além da perda pessoal, Davi ainda enfrentou a ira de seus homens. Davi chorou e angustiou-se enquanto os amalequitas festejavam com os ricos espólios. No meio dessa crise avassaladora, Davi emergiu com um arroubo de solitária esperança; ele se reanimou no Senhor seu Deus e começou a orar pedindo a direção divina. Levantou-se da oração e, sob a orientação de Deus, empunhou bravamente as armas e liderou os seus homens em vitorioso combate.

Tomou de volta tudo aquilo que o inimigo havia saqueado. Saiu da crise mais fortalecido, fazendo dela uma ponte para vitórias mais retumbantes.

Isaque também está enfrentando uma crise.  E não é uma crise pequena. A fome assola a sua terra. Seu país vive o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo está morta. Os sonhos, destruídos. Há uma inquietação no ar, um rumor entre as famílias. O gado geme de fome. O útero fecundo da terra parece estéril. As sementes que nela são depositadas perecem antes mes¬mo de dar aceno de vida. A seca, assassina de sonhos, prevalece em seu país. A chuva é retida. O sol castiga. Os agricultores não se aventuram a depositar no ventre da terra a semente da esperança. Reina um desespero generalizado. As fontes estão secando. Os ribeiros estão se tornando leitos de morte e não condutores de vida. As cabras montesinas bramam, sedentas, O povo aflito vê a despensa se esvaziando e as crianças gemendo e clamando por pão. Aquele estava sendo um tempo amargo, de fome, de escassez, de vacas magras, recessão, desequilíbrio, desemprego, contenção drástica de despesas.

O que fazer na hora em que você se vê encurralado pela crise? Que decisão tomar quando todas as estradas de escape parecem cheias de barricadas? Muito nessa hora perdem a cabeça, cometendo grandes loucuras. Outros, se revoltam contra Deus culpando-o por todas as desventuras. Outros ainda, petrificados, assistem passivo à dolorosa marcha da crise, aceitando Inertes a decretação da derrota. Isaque, porém, não ficou parado, as­sistindo passivamente o agravamento da situ­ação. Ele se mexeu. Não ficou lamentando, queixoso, os reveses da vida. Ele saiu, se mo­veu. Fez alguma coisa O seu problema não era simples. Era uma questão Vital. Não havia água. Tratava-se de uma questão de sobrevi­vência, de vida ou morte. Talvez, enquanto lê estas páginas iniciais, você se dê conta de que também está enfrentando um problema aparentemente insolúvel. É o casamento que virou um deserto, de onde só brotam os cac­tos venenosos da amargura. É o diálogo com os filhos que secou, como a terra de Isaque. É o salário que está minguando como os ri­beiros em tempo de seca. É a saúde que está ameaçada por uma doença implacável. É a empresa que está emperrada e não consegue deslanchar. É o sonho de entrar na Universi­dade que está cada vez mais distante. É a decepção de um amor não correspondido. Talvez, como Isaque, todas as noites você olhe para o horizonte na esperança de ver a che­gada de uma chuva restauradora que faça reverdecer o deserto da sua vida. Talvez você já tenha semeado várias vezes no solo tórrido e seco da sua família, vendo, com tristeza, todas as sementes minarem no útero da terra. Talvez você tenha investido toda a sua espe­rança em um negócio, mas a chuva da pros­peridade foi retida e a safra de seus investi­mentos perdida. Talvez você tenha recebido um diagnóstico sombrio do seu médico, di­zendo que a medicina não lhe oferece ne­nhuma esperança de cura. Talvez alguém amado do seu coração esteja enfrentando uma grave enfermidade e aos poucos você vê essa pessoa escapando dos seus braços.

Neste ano passei por lutas tremendas. Meu irmão Laurentino foi acometido por um câncer devastador no pulmão e na coluna. Ele sentia dores terríveis que nem mesmo a morfina conseguia aplacar. Seu corpo foi sur­rado pela doença. Seu vigor estiolava a cada dia. O sorriso de seus lábios foi trocado pelos gemidos pungentes de uma dor inconsolável. Seu corpo tombou vencido pela doença de­pois de uma luta audaciosa. No dia 25 de fe­vereiro do ano 2000 ele fez sua última viagem, rumo à eternidade. Vinte e um dias depois, quando o meu coração ainda curtia a dor dessa separação, fui surpreendido pela morte súbita de Gelson, meu irmão primogênito, vitimado por um infarto fulminante.

Não é fácil lidar com a dor. Nossos so­nhos chocam-se contra muralhas de concreto. Nossos planos escorrem como água. Nossas previsões entram em colapso. Estamos no meio do deserto onde nosso olhar se perde em miragens enganadoras, onde nossos pas­sos cambaleantes parecem claudicar, onde a morte procura dar a última palavra.

O grande perigo na encruzilhada da cri­se é tomar a direção errada. Isaque queria ir para o Egito, lugar de fartura, riqueza e segu­rança. Ele foi tentado a buscar uma solução rápida, fácil e indolor. Isaque queria fugir da crise, não enfrentá-la. E mais fácil andar na estrada da fuga do que sobreviver no deser­to. É mais fácil botar a mochila nas costas e ser um peregrino em terra estranha do que semear no deserto. Poucos são os que se dis­põem a enfrentar e a vencer os gigantes da crise. Poucos são os que agarram os proble­mas pelo pescoço e triunfam na hora das di­ficuldades. Só os desbravadores, os idealistas e os sonhadores destemidos conseguem pros­perar no deserto. O pessimismo é uma doen­ça contagiosa. O ar está poluído por uma den­sa nuvem de descrença. A mídia despeja to­dos os dias no porão da nossa mente cansada uma enxurrada de informações arrancadas dos abismos mais profundos das tragédias humanas. Os arautos do caos embocam suas trombetas. Os profetas do pessimismo se multiplicam aos milhares. A cada dia vemos o coro dos céticos engrossando suas fileiras. Nesse tempo pardacento, em que a crise se instalou em todos os segmentos da sociedade, desde os palácios dos governos até a choupana mais pobre, é mister que alguém se levante para enfrentar a crise com galhar­dia. É no vácuo da crise que os grandes líde­res são formados. Os carvalhos resistem às grandes tempestades. A crise pode tirar a cera dos ouvidos da alma. A crise pode ser uma janela aberta do céu. A crise do homem pode ser o tempo oportuno de Deus.

Hagar perambulava no deserto com o seu filho Ismael. Com a mochila nas costas deixaram para trás as marcas profundas do desprezo. O cantil estava vazio. A sede per­versa os agredia implacavelmente, O deserto abrasador se impunha à sua frente. Estavam sem rumo, sem direção, com sede e sem água. Hagar pensou ter chegado ao fim da linha. Seu filho desidratado, sem forças, já não conseguia mais caminhar. Todas as esperanças de sobrevivência estavam sepul­tadas naquele terrível deserto. Não supor­tando mais ver o sofrimento agônico do fi­lho, Hagar o colocou perto de um arbusto e afastou-se para chorai. Era o fim. A crise ti­nha chegado ao seu apogeu. Nada mais res­tava senão a morte iminente. Contudo, quando todos os recursos de Hagar se esgotaram, do céu soou uma voz de esperança. No silêncio do deserto, Deus instruiu Hagar a não desistir do filho, pois o seu futuro seria glorioso. Das entranhas do deserto abrasador, Deus abriu uma fonte de água que começou a jorrar. Hagar e Ismael puderam beber a largos sorvos. Um milagre aconteceu no deserto da crise. A crise foi um divisor de águas na vida deles. Foi ali que eles ouviram a voz de Deus, e suas vidas foram mudadas para sempre.
É no fragor da crise que ouvimos a voz de Deus: "Não desça ao Egito". O Egito foi palco de perigo para Abraão, o pai de Isaque. O Egito oferecia uma solução imediata, uma riqueza fácil, mas era um laço para Isaque. Deus exortou-o a recusar a imediata abun­dância do Egito por bênçãos invisíveis (Gn 26.3) e mais remotas (Gn 26.3,4). Muitas pes­soas fracassam na vida exatamente porque na crise deixam de atender à voz de Deus e descem para o Egito, onde negociam seus valores absolutos, transigem com suas consci­ências e tapam os ouvidos para não atende­rem à voz de Deus. Trocam as bênçãos eter­nas pelas vantagens terrenas. Trocam as ven­turas do céu pelos prazeres transitórios do pecado. O neto de Isaque, José, foi tentado no Egito a cair nos braços de uma mulher sedutora. Era a sua patroa, tinha direitos so­bre ele e devia ser uma mulher elegante e atraente. Ela pôs os olhos em José e todos os dias tentava levá-lo para a cama. José era jo­vem, bonito e inteligente. Longe do pai e dos irmãos, vivia a plenitude do seu vigor físico. Estava em um país muito distante das pessoas que conheciam os seus valores morais. Depois que todas as armas da sedução foram usadas, a mulher de Potifar usou a força e agarrou José. O palco para a queda desse jovem hebreu estava montado. Mas ele fugiu dos braços da sedutora. Preferiu ir para a prisão a viver aprisionado pelo pecado. Preferiu a privação do cárcere à liberdade do adultério. Preferiu sofrer as conseqüências como inocente a ser honrado como culpado. Preferiu ouvir a voz de Deus à de uma mulher com cheiro de pecado.

Devemos estar com os ouvidos atentos aos tempos de crise. É justamente nesses períodos que temos as maiores experiências com Deus.

Quando todas as soluções da terra en­tram em colapso, o céu aponta o rumo a se­guir. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustra­dos. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragé­dias humanas não fazem sucumbir os planos divinos. Os problemas que vivemos são ins­trumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir.

Quando os discípulos de Cristo atraves­saram o mar da Galiléia, por ordem do pró­prio Senhor, enfrentaram uma súbita e terrí­vel tempestade. Durante várias horas trava­ram uma luta renhida para não serem traga­dos pelo temporal. Só na quarta vigília da noite Jesus foi ao encontro deles. Jesus, po­rém, apareceu de forma estranha e misterio­sa: andando por sobre as ondas. O que o Senhor queria mostrar aos discípulos é que os problemas que conspiravam contra eles estavam literalmente debaixo dos seus pés. Aquilo que nos ameaça está rigorosamente sob o controle soberano de Cristo. A crise che­ga não para nos destruir, mas para nos colo­car mais perto de Cristo. Ao ver o mar sosse­gando, os discípulos ficaram admirados e ado­raram ao Senhor. Os ventos da crise sibilam para que o trigal de Deus se dobre. Só o joio não se curva. A mesma crise que levanta uns, abate outros.

Fonte:Prosperando no Deserto ( Hernandes Lopes Dias)

Piranhas encerra festa do centenário com separação de obreiros

A igreja é liderada pelo pastor Silvio Martins
 
A Assembleia de Deus na cidade de Piranhas-AL usou o lema: Assembleia de Deus em Piranhas vivendo o Centenário no fogo do Espírito Santo como parte da festa da Semana do Centenário da AD no Brasil. A igreja é liderada pelo pastor Silvio Martins e contou, na sexta-feira (17), com a presença do Ev. Napoleão de Castro acompanhado de obreiros da igreja em Cacimbinhas. O ministro ministrou a Palavra sobre a ação do Espírito Santo na vida dos que são chamados por Deus. A presença de Deus foi sentida e pessoas foram curadas testificando publicamente. 

No sábado (18), foi a vez do Pb. Michel (Rio Largo) que ministrou baseado na vida de Mardoqueu, trazendo verdades aplicativas à vida do cristão. A igreja vibrou na presença do Senhor. Houve palavra profética. No domingo (19), o encerramento foi marcado com a presença do Senhor que usou o Dc. Reverson sobre a eficácia do sangue de Jesus. Deus pela bondade ministrou curas e uma vida aceitou Jesus como Salvador. 

Segundo o pastor Silvio, o interessante no encerramento da Semana do Centenário é que a abertura no dia 12 começou com uma mensagem sobre os resultados do sangue de Jesus e o término da programação terminou com a mensagem sobre o sangue de Jesus. "A igreja percebeu a direção de Deus em todas as mensagens ministradas durante a Semana do Centenário", contou. 

A Semana do Centenário foi coroada com a separação de obreiros para o serviço na Casa de Deus. Cícero, Petrúcio e Anselmo foram separados para auxiliares e o Dc. Elias Filho (dirigente da congregação Piranhas Histórica) irá servir como presbítero. "Pode-se perceber a alegria e satisfação da igreja pela separação dos novos obreiros", disse o pastor.

Fonte: AD Alagoas