quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Arrebatamento da Igreja



Milhares de pessoas por toda a parte estão sendo despertadas para esse fato solene e bendito, e ainda que os"escarnecedores" dos últimos tempos estejam perguntando: "Onde está a promessa da Sua vinda?" (2 Pe 3:4) e o mau servo diga no seu coração: "O meu Senhor tarde virá" (Mt 24:48), mesmo assim "O que há de vir virá, e não tardará" (Hb 10:37), " O Filho do homem há de vir à hora em que não penseis" (Mt 24:44).
No espírito do povo de Deus, por todo o mundo, há uma convicção crescente e certíssima - convicção baseada nas verdades da Palavra divina - de que a história da Igreja na terra está prestes a findar; e que o Senhor Jesus está para vir para levar a Sua noiva para a casa do Pai.
Leitor, estás já compenetrado da realidade deste solene assunto, e do que ele significa? Se não estás ainda, que oEspírito Santo se sirva destas linhas para despertar a tua preciosa alma: "Para que o Senhor não venha de improviso e não te ache dormindo" (Mc 13:36).
Há quatro coisas em relação a esse assunto que desejamos apresentar em poucas palavras:
1 - A promessa da Sua vinda;
2 - A Pessoa que está para vir;
3 - O propósito da Sua vinda;
4 - A preparação para a Sua vinda.

I - A Promessa da Sua vinda
Houve um tempo em que a Sua vinda como humilde sofredor era ainda uma profecia por cumprir. Muitas gerações tinham vindo e desaparecido; impérios se tinham levantado e caído; Israel e Judá tinham sido "espalhados", levados para o cativeiro; e um resto do povo tinha sido novamente restaurado à sua terra; mas o prometido Messias não tinha aparecido. A maior parte dos que tinham voltado do cativeiro de Babilônia achavam-se, sem dúvida, estabelecidos com todo o conforto, e quase esquecidos d'Aquele cuja vinda lhes tinha sido prometida, quando, eis que, uma manhã, houve em Jerusalém um grande movimento. Chegaram visitantes de fora com a extraordinária notícia de que tinha nascido o Rei há muito prometido. Desde o palácio de Herodes até aos sacerdotes do templo, a notícia espalhou-se rapidamente.
Mas qual foi o resultado desta notícia? Foi porventura que os filhos de Sião gritaram unânimes louvores a Deus por ter, finalmente, cumprido a Sua palavra e mandado o Messias? Porventura a alegria brilhou em todos os rostos, foram consolados os corações? Infelizmente não. Pelo contrário. A tristeza invadiu a cidade. "O rei Herodes... pertubou-se, e toda a Jerusalém com ele"(Mt 2:3).
Mas por que razão? Foi porque, se pelas Escrituras eles conheciam um pouco o assunto, deviam saber que Isaías tinha predito que "Reinará um Rei em justiça" (Is 32.1).
Ora, apesar de em Jerusalém haver nesse tempo muitos que se glorificavam da sua própria justiça e religião, havia sem dúvida na consciência da maior parte um íntimo sentimento de que não estavam preparados para a presença daquele Justo, e portanto a notícia que devia encher de gratidão e júbilo todos os peitos em Jerusalém, apenas produziu o efeito contrário.
Mas quer estivessem preparados para O receber, quer não, Ele tinha vindo; tinha vindo para revelar o Pai, tinha vindo não só como o Messias de Israel, mas também como o "Salvador do Mundo". A solene conseqüência é bem sabida por todos. O "Amado de Deus" foi odiado e rejeitado, e o Seu caminho neste mundo findou no Calvário ­crucificado e morto pelas mãos dos injustos (At 2:23).
Deus tinha assim cumprido completamente a promessa feita aos pais de mandar Jesus; eles cumpriram os escritos proféticos condenando-O (At 13:27,32-33).
Antes da Sua morte, contudo, Aquele que tinha sido prometido tornou-se em um que prometia.
Tinha reunido à roda de Si os seus amados discípulos. O traidor Judas tinha acabado de se retirar daquele pequeno grupo. A negra sombra da cruz estava a poucos passos à frente, e Ele lhes falou, insinuando a esse respeito. Que momento solene foi aquele!
Pensemos naqueles rostos tristes e transtornados ao escutarem ansiosamente aquela comunicação de despedida!"Não se turbe o vosso coração", diz Ele, "credes em Deus, crede também em Mim"(Jo 14:1). Como se tivesse dito: Vós confiastes em Deus sem O ver, e agora que Eu me vou apartar de vós, ponde a mesma confiança em Mim. Deus vos fez uma promessa por meio dos profetas, e cumpriu fielmente esta promessa pela minha vinda. Eu, também, vou fazer-vos uma promessa, e vós deveis igualmente confiar que Eu hei de cumpri-la.
II - Mas qual era esta nova promessa?
Vamos ler João 14:2 e 3 e veremos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas: vou preparar-vos lugar. E se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também."
Não se podia cair em maior erro do que pensar que esta segunda "vinda" se refere à morte do crente. Vejamos a diferença que há entre uma coisa e outra. Suponhamos que um pai muito afetuoso leva pela primeira vez o seu filho para uma escola distante, como interno. Ao apartar­se dele bem vê a luta que se está travando no coração da pobre criança, que tenta por todos os modos reprimir as lágrimas. Assim, para o animar, o pai diz: - Então, meu filho, não estejas triste. Eu agora tenho que te deixar aqui e voltar para casa, mas, quando começarem as férias, eu mesmo hei de vir para buscar-te e levar-te comigo para casa.
Ora, ninguém vai se enganar quanto ao sentido que o pai queria fazer perceber ao seu atribulado filho por estas palavras. E assim também a linguagem do bendito Jesus para os Seus tristes discípulos, na crítica ocasião já aludida, não foi menos clara e livre de enganos.
Não disse: "Eu vou para o céu, mas vós haveis de morrer e ir ali ter comigo", mas sim: "Se Eu for, e vos preparar um lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo" .
Se os crentes morrem, as Escrituras falam deles como tendo "deixado o corpo e habitado com o Senhor" (2 Co 5:8). Enquanto que, quando a vinda do Senhor tiver lugar, em vez de estarem ausentes do corpo, ou, como exprime oversículo 4, estarem "despidos", os seus corpos serão conformados ao Seu corpo glorioso (Fp 3:21; 1 Co 15:52). "Num momento, num abrir e fechar de olhos", os "mortos em Cristo" ressuscitarão e os vivos serão "transformados". De modo que, em lugar da vinda do Senhor se referir à morte dos crentes, pelo contrário, desfará tudo que a morte tem feito nos corpos do povo de Deus durante perto de seis mil anos. Que dia de vitória tanto para Ele como para aqueles que O conhecem!

Na próxima semana estaremos concluindo esta postagem, Deus abençôe a todos. Márcio Andrade

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