sábado, 25 de junho de 2011

A Obra Missionária No Século XXI (Continuação)


VI. Sustento Missionário
Assim também ordenou o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9. 14).

Deus supri as necessidades daqueles que sustentam a obra missionária.
A Bíblia nos ensina, no AT e NT, que aqueles que se dedicam a proclamação do evangelho devem ser sustentados por aqueles que, desse trabalho, recebem bênçãos espirituais “E o que instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gl 6. 6).

Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela igreja. A fonte e origem desses recursos é a própria igreja. Foi Deus quem estabeleceu para que os crentes contribuíssem para que seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do Senhor.

São os crentes que apóiam os missionários com suas contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A igreja ora, intercede por eles, e acompanha seus trabalhos através de relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam os missionários no campo.

Esses responsáveis pelo sustento a pelo apóio espiritual devem entender também que fora de seu convívio a situação é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar travado.

O sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele da esposa e dos filhos. É necessário um estudo sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele. Nem sempre as igrejas têm acesso a essas informações, por isso existem inúmeras agências missionárias interdenominacionais espalhadas no Brasil e em todo mundo, com o propósito de orientar as igrejas.

1. A vida econômica do missionário
Finanças e economia são assuntos frustrantes como fascinantes. As conversa e notícias sobre dinheiro são tão numerosas como os grãos de areia da praia. A Bíblia fala muito sobre dinheiro e coisas afins. No capítulo 23 de Gênesis, vemos Abraão comprando uma propriedade por quatrocentos ciclos de pratas. Embora Paulo tenha dito que: “o dinheiro é a raiz de toda espécie de males”, somos obrigados a usá-lo para sobreviver.

O missionário deve ter em mente que:
- deve dar graças em tudo (1 Ts 5. 18);
- deve agradecer frequentemente seus mantenedores;
- enviar informações acerca dos seus trabalhos regularmente;
- contar sempre vitória, porque os mantenedores ficam satisfeitos em saber que suas contribuições estão dando resultados;
- não gastar mais do que ganha, se isto acontecer corrigir rapidamente ou a carreira missionária terminará em pouco tempo;
- ser dizimista;
- ser prudente; e
- estabelecer um orçamento mensal.


VII. O Árduo Trabalho Missionário
“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Cristo” (1 Ts 2. 9).

Em 1 Tessalonicenses 2. 9 a 12, nós vemos Paulo falando sobre como trabalhou arduamente a fim de prover o sustento para si e seus companheiros, bem como testemunhou de forma marcante acerca desse assunto, de acordo com o que está registrado nos versículos 9, 10.

Naquela época, os inimigos do evangelho espalhavam informações falsas sobre os sustento e despesas de viagens daqueles primeiros missionários. Paulo sabia que aqueles primeiros convertidos poderiam facilmente ser abalados com aquelas falsidades. Por isso, o apóstolo esforçou-se o máximo para desmentir aqueles infundados rumores, mediante seu exemplo de trabalho.

Muitos crentes sofrem espiritualmente em razão de falsas informações recebidas em sua “infância espiritual”. Essa era a preocupação de Paulo: “como o pai a seus filhos” (1 Ts 2. 11). Na igreja local, se o obreiro deseja que os novos convertidos sejam bem formados e bem nutridos da Palavra de Deus, terá de ser mãe e pai espiritual para eles. Ler 2 Ts 3. 7 – 12; 1 Pe 5. 3.


1. “trabalhando noite e dia”

a) Um árduo trabalho missionário.
Paulo e seus companheiros não se deixavam abater pelas dificuldades surgidas. Tiveram que alternar o trabalho secular com o espiritual, para poderem se dedicar ao trabalho evangélico, sem depender dos irmãos.


b) “trabalho e fadiga”
O sentido aqui no original é de trabalho árduo, fatigante. Hoje, os trabalhos da igreja que prosperam são realizados por homens de Deus que cheios do Espírito Santo se esforçam com amor e dedicação ao seu sagrado ministério. Os que ficam parados, sejam por desânimo, por falta de visão, ou de condições ministeriais, são os que vêem a obra de Deus parar e sofrer. Esses são os que fazem os crentes gemerem, esperando uma mudança de situação. Paulo não se preocupava só com as ovelhas crescidas do rebanho, mas demonstrava um zelo especial para com cada um que aceitava a Cristo. Que Deus nos ajude a ter em cada igreja local um trabalho sério de discipulado, a fim de que possamos ver Cristo formado em nossos irmãos, Paulo guiou muitas vidas a Cristo e ajudou-as a amadurecer espiritualmente. Talvez o segredo do seu sucesso ministerial tenha sido sua preocupação com seus filhos espirituais. Ele comparava a dor da infidelidade como a dor do nascimento (Gl 4. 19). Devemos ter esse mesmo intenso cuidado. Ao levar pessoas a Cristo, lembre-se de permanecer ao seu lado para ajudá-las a crescer espiritualmente.

Márcio Andrade

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