sábado, 25 de junho de 2011

A Obra Missionária No Século XXI (Continuação)


IV. Plantando Igrejas Locais.
“Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (1 Co 3. 6).

A Bíblia ensina as estratégias e a técnicas de se plantar igrejas tanto em nosso próprio país, como no campo missionário.
O mesmo princípio para se iniciar congregações em nossos bairros, ou cidades vizinhas, serve para se plantar igrejas locais no campo missionário.

Paulo plantou a semente da mensagem das Boas Novas no coração das pessoas, Paulo foi um missionário pioneiro; trouxe a mensagem da salvação. Apolo regou a semente, ajudou os crentes a crescerem mais forte na fé. Paulo fundou a igreja em Corinto, e Apolo construiu sobre esse alicerce.

Paulo fundou igrejas usando estratégias como em Corinto em uma sinagoga, em seguida, encontrou abrigo na casa de Tito Justo, depois teve o apóio de Crispo, líder da sinagoga, que logo se converteu. Da mesma forma, fundou a igreja de Filipos, na casa de uma empresária de nome Lídia (At 16. 14, 15), e em Éfeso, começando por uma sinagoga, continuou nas casas. Até hoje, a maioria das igrejas nascem nas casas dos crentes. Essa estratégia continua a ser usada em nossos dias.

As pregações nas praças e nas ruas têm dado origem a muitas igrejas locais. Há muitas localidades onde este trabalho não é permitido; em outros lugares, não dá resultado. O apóstolo Paulo usou esta estratégia em Atenas (At 17. 17). Este método foi, no princípio, usado por nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingrem. Em muitos lugares, continua surtindo resultados. O modelo é bíblico, cabe a cada um ter necessário discernimento e aplicá-lo na hora e nas localidades adequadas. As praças de sua cidade pode ser uma terra fértil para semear a semente do evangelho.

Vimos que o apóstolo Paulo se utilizou de inúmeros meios para alcançar as pessoas para Cristo e com elas surgiram às igrejas. Campanhas evangelísticas, evangelismo de casa em casa, centro acadêmicos, ruas e praças e em outros lugares são estratégias usadas para qualquer época da história. Podemos resumir tudo isso nas próprias palavras do apóstolo: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9. 22). Esses são os exemplos que devemos seguir para plantar igrejas, tanto em nosso país como no campo missionário.

V. Povos Não Alcançados
“Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16. 15).

Os povos e grupos ainda não alcançados podem está muito longe de nós, mas muitos deles estão ao nosso redor.

Jesus pediu aos discípulos que contassem ao mundo que Ele pagou o preço pelos pecados de todos, e aqueles que crerem nEle serão perdoados e viverão eternamente com Deus. Atualmente, em todas as partes do mundo, há cristão anunciando as Boas Novas a pessoas que nunca ouviram falar de Jesus. O poder que motiva os missionários a irem a todas as partes do mundo e coloca a igreja de Cristo em movimento é a fé fundamentada na ressurreição de Cristo.

Quando Jesus ordenou que se levasse o evangelho a todas as nações, referia-se também aos grupos étnicos. A palavra grega para “nações” ou “mundo”, usada nesse contexto missiológico, (Mt 24. 14; 28. 19; Lc 24. 47) é “ethnos”, de onde vem a palavra “etnia”. A ordem não diz meramente a países, mas aos diferentes grupos étnicos, que se acham nos países politicamente organizados, e estes estão em torno de 1. 739.

A janela 10 por 40, é a região onde habita 60% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e India. Os dois países juntos representam cerca de 30% da população da terra. Esta região estende-se desde o Oeste da África até o Leste da Ásia, e é comparada a uma janela retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte da linha do Equador. Todas as terras bíblicas encontram-se nessa janela. O Apóstolo Paulo ultrapassou estes limites em suas viagens missionárias (Rm 15. 19).

A janela 10 por 40 é caracterizada com a área do mundo onde vive o maior número de povos não alcançados, predominando os seguidores do Islamismo, Hinduísmo e do Budismo. O Islamismo está atingindo 1 bilhão de adeptos, o Hinduísmo mais de 700 milhões. A janela 10 por 40 é conhecida como o cinturão de resistência; nelas se encontram as fortalezas de Satanás, pois dos 37 dos 50 países menos alcançados do mundo localizam-se nesta região. Nessa área, estão 82% dos mais pobres do planeta. Bilhões de pessoas são vitimas das enfermidades, misérias e calamidades. Como alcançá-las? Seus adeptos estão a nossa volta, mas requer-se dos crentes conhecimentos sólidos das doutrinas vitais do cristianismo. Além disso, é necessário conhecer as crenças das seitas, seus argumentos e saber refutá-las a luz da Bíblia (2 Tm 2. 15; 1 Pe 3. 15). Mesmo assim, o trabalho só terá êxito se for realizado na direção e capacitação do Espírito Santo (Jo 16. 8-11). Ainda são poucos os que se desprendem para tal tarefa. Geralmente são pessoas que vieram dessas seitas que se preocupam com a evangelização dos seus antigos irmãos.

A história da igreja é marcada pelos desafios. Oramos 70 anos para que Deus viesse ruir a Cortina de Ferro ( os países comunistas). E Deus ouviu a nossa oração. Depois de tudo isso perguntamos: “O que estamos fazendo nesses países?” Infelizmente, muito pouco. Restam ainda a China, Coréia do Norte e Cuba. Apesar de o evangelho está sendo pregado nestes países, não deixa de ser mais um desafio para a igreja. A janela 10 por 40 ainda é um dos maiores desafios missionários da igreja na atualidade. Por isso todos os crentes devem orar, contribuir, apoiar e inteirar-se das necessidades dos trabalhos missionários direcionados para esta região do planeta.

Márcio Andrade

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